Vítimas da chuvas no interior do Estado sofrem com o que restou. Escombros, lama e tristeza estão espalhados por cidades como Palmares, Escada, Cortês e Altinho.
No interior do Estado, as vítimas das enchentes que atingiram a região na última semana sofrem com o que restou: escombros, lama e tristeza.
O cenário é desolador em Palmares, Mata Sul do Estado. A cidade foi uma das mais atingidas pelas chuvas. O trânsito está um caos, com quase todas as ruas devastadas, veículos que foram carregados e prédios que desabaram. Nem o asfalto aguentou.
ESCADA
O sol teimou, mas apareceu em Escada para mostrar um cenário de destruição. A água se foi e ficou a lama e falta água na cidade. Quinze bairros na zona urbana foram atingidos, deixando 275 pessoas desabrigadas e 1.100 desalojadas. “Com 37 anos de idade essa é a primeira vez que vejo tanta água em Escada”, disse José Cláudio Ferreira, que está desempregado.
CAXANGÁ
No distrito de Caxangá, que fica entre os municípios de Cortês e Ribeirão, a trégua dada pela natureza devolveu a normalidade aos moradores, mas as marcas estão em todos os lugares. Na casa de José Mariano (foto 4), também desempregado, a água chegou a atingir dois metros de altura. “A situação ficou difícil. A gente levou os móveis para a casa do meu irmão e subiu em cima do pé de coco e também fizemos uma barraca para fugir da água durante uns três dias”, disse.
CORTÊS
A água também subiu muito em Cortês, uma cidade quase destruída - as ruas mais parecem um depósito de entulhos. Heleno Manoel da Silva, 34 anos, morreu soterrado quando uma barreira caiu sobre a casa dele, na rua Aparador, no centro do município.
Como o hospital da cidade foi destruído, a enfermaria está improvisada numa escola. O comerciante Elias Ferreira teve um prejuízo aproximado de R$ 450 mil em mercadorias e ainda viu a casa desabar. “Agora será o que Deus quiser”, falou. "Eu quero minha casinha", choramigava a filha dele, de três anos.
BOM CONSELHO
A enxurrada também causou destruição no Agreste pernambucano. A força das águas derrubou parte do paredão do açude da Nação, que fica na Zona Urbana de Bom Conselho. De um canto ao outro, formou-se um buraco de quase 40 metros.
ALTINHO
Em Altinho, a água derrubou, pelo menos, 60 casas. Quem não perdeu a moradia ficou sem roupa, móveis e eletrodomésticos. O pouco que sobrou está secando nas ruas. “A gente trabalha o dia todo para comprar as nossas coisas e elas vão embora numa enchente”, disse o gari Josenildo José de Almeida.
Também está difícil a situação de quem ter acesso à cidade. A enxurrada levou a cabeceira da ponte. A estrada de barro que liga Caruaru à cidade não foi completamente comprometida, mas essa alternativa aumenta em até 50 quilômetros a distância da viagem entre os municípios.
BELO JARDIM
Em Belo jardim, o rio Bituri transbordou. A correnteza levou um menino de 14 anos, quando ele tentava atravessar a ponte. A mãe da vítima, Josenilda Feitosa, está revoltada. “A nossa família está muito abatida, não sei nem como está em pé”, falou.
Fonte: pe360graus.com, Clique aqui e veja matéria.
Foto: SITE 360GrausPE
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