O colunista político Luís Torres, que assina blog no portal Paraíba1.com.br, divulgou com exclusividade, que o presidente do Tribunal Regional da Paraíba (TRE) da Paraíba, Desembargador Genésio Gomes, teve seu genro nomeado pelo Governo Maranhão III.
Confira a matéria na íntegra:
Em tempos de discussão sobre eventual interferência política no Poder Judiciário, a presença de familiares de membros do TRE da Paraíba no governo do Estado, por mais legal e legítima que possa parecer, só tende a contribuir para o acirramento do debate.
É o que deve provocar, portanto, a presença de um genro do presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Genésio Gomes, no governo Maranhão III.
Dono de uma agência de viagens, Luciano José Gomes Lapa foi nomeado pelo governador em março de 2009, logo depois que Zé Maranhão assumiu o cargo, para a Gerência Executiva da Secretaria de Desenvolvimento e Turismo.
Casado com uma das três filhas do desembargador, que tem a missão de conduzir o pleito de 2010, Luciano ainda responde pelo cargo, obtido por meio do Ato Governamental 2639, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 12 de março de 2009.
Ontem, Maranhão fez uma visita de cortesia ao desembargador Genésio Gomes, que chegou ao TRE oito meses depois da posse do genro no governo do Estado, assumindo a presidência somente em março deste ano.
Candidato à reeleição, o governador prometeu “seguir as regras do jogo eleitoral”. Na sala, durante a visita, estava ainda o diretor-geral do TRE paraibano, Anésio Moreno, que teve dois filhos nomeados no governo logo após a posse de Maranhão.
(O blog tem os atos de nomeações publicados no Diário Oficial do Estado).
Na próxima quarta, em João Pessoa, a oposição fará manifestação em favor do voto livre, sem interferência do Judiciário. À exceção do senador Efraim Morais, praticamente toda a chapa majoritária do PSB responde a processos de impugnação de registro de candidaturas.
Maranhão é governador e candidato à reeleição. Sinceramente, deveria haver uma legislação que impedisse que ele pagasse o salário de parentes dos magistrados responsáveis pelo julgamento das eleições de 2010.
Repito: por mais competentes que tais parentes sejam e por mais objetividade que tais magistrados ajam.
É uma questão apenas de eliminar suspeitas.
Fonte: http://www.pbhoje.com.br/index.php?idcat=2&id=1318
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