A apresentação da candidatura carioca usou a emoção e a nova força política do Brasil como um mercado emergente para justificar a realização de uma Olimpíada no Rio de Janeiro.
Com discursos de quatro membros do governo – governador do Rio Sérgio Cabral, prefeito Eduardo Paes, presidente do Banco Central Henrique Meirelles e presidente Lula – o comitê insistiu na união entre poder público e população como o ponto alto da candidatura carioca..
Entre os quatro países candidatos, o Brasil é o único que nunca recebeu uma Olimpíada. Esse foi um dos pontos principais do argumento do presidente Lula..
- Chegou o momento da América do Sul sediar uma Olimpíada. É hora de acender a pira olímpica em um país tropical..
O presidente fez uma analogia entre os cinco aros do símbolo olímpico e o Brasil..
- Ali, vejo meu país. Gente do mundo todo, orgulhosos da origem, e de serem brasileiros..
Antes de Lula, a velejadora Isabel Swan, medalha de bronze em Pequim/2006, fez o discurso mais emocionado entre os brasileiros. A atleta falou sobre como sua carreira está intimamente relacionada ao Rio..
Isabel foi responsável por apresentar a força do atleta brasileiro e foi interrompida quando citou Pelé, que se levantou e foi ovacionado. A carioca também citou o nadador paraolímpico Daniel Dias e a promessa do atletismo, Barbara Leôncio, que chorava muito ao lado do presidente Lula..
Se Lula deu o respaldo oficial e Isabel o lado emotivo da apresentação, Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, foi a razão. Seu discurso poderia ser usado facilmente em qualquer outro fórum para mostrar como o Brasil tem uma das economias mais estáveis do mundo..
Meirelles mostrou números, elogiou o crescimento econômico e a baixa taxa de crescimento do Brasil, chegou a citar o pré-sal como garantia e afirmou que um fundo de US$ 240 bilhões já está sendo gasto nos programas de apoio aos Jogos..
A transparência de gastos, que é um dos maiores temores da candidatura carioca, foi assegurada por Meirelles..
Ainda na parte econômica, o governador do Rio, Sérgio Cabral, garantiu a participação pública nos investimentos olímpicos e disse que o carioca não precisava se preocupar pois “não haverá surpresas para o COI ou para os cariocas nos sete anos que separam 2009 dos Jogos de 2016”.
Fonte: R7
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